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O primeiro emprego e o centésimo pedido

Posted in Alimentação, Atendimento/Relacionamento, Serviços on fevereiro 20, 2011 by Consumidor crítico

Quase um ano após sua colação de grau, meu filho, um jovem de 25 anos, estava no limbo comum a todos os recém formados: nenhuma perspectiva de trabalho. Alguns meses antes, um colega dele havia acenado com uma possibilidade que se revelou remota, bem remota. Mais recentemente, outra proposta o levaria para algum interior distante e percebi a angústia no olhar do meu garoto. Decorria desta proposta a possibilidade concreta de trabalhar com animais de grande porte e o forte do moleque é clínica de animais de pequeno porte. A angústia, que era dele, fez-se minha. Infelizmente ou não, é assim que “funciona” uma mãe.

Sexta-feira passada, de repente, assim ao jeito divino de trazer luz àqueles que precisam, o moleque recebeu o telefonema de um veterinário da clínica onde ele fez estágio curricular, convocando-o para uma conversa. A angústia deu lugar ao nervosismo e ansiedade que antecedem os acontecimentos capazes de decidir uma vida. E lá se foi o meu garoto, nervoso, mas entregue a Deus!

Horas mais tarde, ele me telefonou: puro entusiasmo! Imagine a felicidade de uma mãe, assumidamente coruja, cujo único filho acabou de conseguir o primeiro emprego na melhor clínica veterinária de Manaus! Agradeço e louvo a Deus pela primeira de muitas conquistas do meu filho!

Quando ele retornou por volta das 22 h, resolvi que precisávamos comemorar. Assim, liguei para a pizzaria Morada do Sol. Escolhidos o sabor e o tamanho da pizza, uma surpresa: a atendente me informou que aquele era o meu centésimo pedido e isto me dava direito a uma cortesia, a pizza sairia totalmente 0800 (como diz uma amiga), de graça. Claro que, de imediato, eu não acreditei e, para reforçar minha desconfiança, a ligação ficou péssima, a atendente não conseguia me ouvir, embora eu a ouvisse. Num tom de voz um pouco mais elevado para garantir que eu pudesse escutá-la, ela me informou outro número de telefone para eu fazer contato. Liguei, a atendente confirmou a cortesia. Àquela altura dos acontecimentos, meu filho, acometido pela típica leseira baré, gritava para que eu pedisse uma pizza gigante, já que era cortesia. Desconsiderei a leseira do caboquinho, o riso da atendente que, claro, ouviu os gritos dele, e confirmei o pedido.

Como sempre, o atendimento foi impecável, a entrega foi rápida e a pizza estava deliciosa. Na verdade, mais deliciosa que nunca, não pelo fato de ter sido grátis, mas pela delicadeza da iniciativa. Claro que o motivo da comemoração deu um sabor especial à pizza, mas a idéia da cortesia agregou valor simbólico ao serviço. Aí está uma atitude que cativa o cliente!

Uma conversa produtiva

Posted in Alimentação, Atendimento/Relacionamento, Serviços on julho 5, 2010 by Consumidor crítico

Não saio por aí à cata de experiências negativas de atendimento ao cliente para relatar neste blog. Definitivamente, não! Mas é fato que elas acontecem. Algumas não resultam em nada, até porque o registro da insatisfação não é feito pelo cliente a quem compete o poder de decisão. Outras, mesmo diante da iniciativa do cliente em procurar o gerente ou responsável para reclamar, não têm um happy end porque o discurso de que “o cliente tem sempre razão” é só isso: discurso! Não é o caso deste relato.

Domingo passado, fui almoçar no Amazonas Shopping com minha família. Optei pelo Restaurante Fiorentina por conhecer a qualidade dos pratos e do atendimento. Porém, diferente das outras vezes em que fui aos restaurantes da rede, não pedi à la carte, preferi self service. Prato feito e pesado, informei que pagaria logo, pois comeria na praça de alimentação. Foi aí que “rolou o estresse”: fui informada que para comer na praça, mesmo já tendo pago por minha refeição, eu teria que fazer um depósito de R$ 10 pelo prato e que este valor  me seria devolvido quando eu entregasse o prato. Como? – perguntei para me certificar de que tinha ouvido direito. Em resposta, recebi a mesma informação. Sim, eu tinha ouvido direito e me incomodou, profundamente, a sensação de que eu aparentava ser uma potencial ladra de pratos. Seria o prato uma peça de porcelana de alguma dinastia antiga, tipo Ming e Qing, que atestam o alcance da perfeição chinesa na arte do porcelanato ao longo de quatro mil anos? Longe disso! Claro, deixei o prato sobre a balança e fui comer em outro lugar!

Hoje, inconformada com a situação, liguei para o SAC do Amazonas Shopping, fui bem atendida e informada de que deveria ir até lá e registrar a reclamação. Liguei diretamente para o restaurante e falei com o gerente. Registrei minha insatisfação, fui ouvida com cortesia e disposição para ajudar e atender minhas demandas. Sugeri que o gerente aplicasse uma pesquisa de opinião aos seus clientes para saber o que eles pensavam do incômodo procedimento de cobrar depósito para sair do estabelecimento com o prato. Durante a conversa, que ele disse ser “produtiva”, fui informada que o procedimento era uma medida de segurança para garantir o retorno dos pratos. Argumentei que a medida não era simpática, visto que me senti constrangida, pois entendi que eu havia dado a impressão de que fugiria do shopping com o prato deles como souvenir. Além disso, defendi o entendimento de que quem opta por comer em um self service tem pressa, quer agilidade e nenhuma obrigação de devolver pratos, talheres, copos ou taças. Ele entendeu meus argumentos, pediu desculpas, enfatizou que quem manda na loja é o cliente e que, justamente por isto, ele não precisava de uma pesquisa de opinião, pois minha insatisfação era o suficiente para o procedimento ser abolido. Extremamente solícito, ele me forneceu o número de seu celular e os diversos números de telefone da diretoria do restaurante.

Feliz com o resultado da conversa, agradeci e comuniquei que retornarei ao restaurante para confirmar se  o depósito foi realmente abolido.

A conversa com o gerente foi realmente produtiva como ele disse, produtiva, acrescento, ao ponto de modificar a abordagem deste post!

Agora é lotação?

Posted in Atendimento/Relacionamento, Orientação ao consumidor, Serviços on junho 16, 2010 by Consumidor crítico

Ontem, ao sair da Ufam, chamei um táxi da Shalom, cujos serviços uso há mais de 3 anos, aproximadamente. Após o tempo de espera habitual, eis que chega o táxi, abro a porta para entrar e … já havia uma passageira no banco da frente. O que é isso? Agora é lotação? – Perguntei perplexa! O motorista, unidade 46, como é identificado pela empresa, tentou explicar que a “penetra” estava com urgência para chegar ao seu destino, ela e toda a torcida brasileira, né? E o Kiko?

Carona ou cara de pau? Cara de pau da penetra e do motorista! Indignada pela falta de respeito disse que ligaria para a Shalom e reclamaria. A penetra, considerando-se cheia da razão, desfiou um rosário de pragas para mim e todas as minhas gerações futuras e desceu do táxi, batendo a porta! O motorista ficou tentando argumentar que não havia necessidade de eu reclamar e tal. Como não? Perguntei a ele: ela telefonou, pedindo táxi? Não senhora – foi resposta. Ela encostou um revólver na sua cabeça para entrar no táxi? De novo, não. Então, como ela entrou? Simples, né? O senhor parou para ela e abriu a porta! Portanto, vou reclamar e vai ser agora! E foi mesmo, ali, na presença dele!  Raquel, a operadora de rádio, garantiu-me que ele seria “disciplinado”. Aproveitei e informei que não queria, nunca mais no universo (!), ser atendida por aquele motorista. Perguntei se havia outro carro para me atender e, como infelizmente não havia, tive que vir com ele, que ficou insistindo em discutir a respeito da situação. Disse a ele que se calasse e dirigisse! Ele insistiu, insistiu, insistiu, perdi toda a compostura: P##A, cala a boca e dirige!

Um pouco mais tarde, ainda ontem mesmo, liguei para a Shalom. Christiano Alves, o operador de rádio da central, foi categórico ao admitir o erro do tal motorista, disse que o caso será levado ao conselho disciplinar, que entendia minha dificuldade em desculpar o episódio, mas, insistia em pedir desculpas. Falei que gostaria de registrar o fato por escrito, para fundamentar a decisão do referido conselho. Christiano me pediu que enviasse um e-mail para a empresa.  Foi exatamente o que fiz e, agora, aguardo a resposta.

A experiência vivida por mim é constrangimento, coloca em cheque a qualidade dos serviços prestados pela empresa e pode comprometer sua reputação perante os clientes que usam seus serviços.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) esclarece que a regulamentação dos serviços de táxi é de responsabilidade das prefeituras municipais, o que não exime a empresa prestadora do serviço às normas do CDC, pois, por meio de consulta telefônica ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), ao qual sou associada, fui informada que os artigos 14 e 20 contemplam a situação vivenciada por mim. Determina o artigo 14 que: “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços […] §1° – O serviço é defeituoso, quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I – o modo do seu funcionamento […]” Aí, está, portanto, o termo da Lei do Consumidor que pode ser aplicado ao caso em questão, cujo serviço, além de ser considerado defeituoso, é, também, impróprio: “São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam às normas regulamentares de prestabilidade” (ART. 20, §2°), ou seja, o serviço não é prestado conforme o estabelecido e o esperado pelo consumidor e dele resultam danos materiais e ou morais.

Malhando o corpo e a paciência!

Posted in Serviços on maio 31, 2010 by Consumidor crítico

Malhar na Academia Norte Fitness está virando um exercício de paciência! O espaço é dotado de uma infra-estrutura de alto nível, mas peca pela qualidade no atendimento. Já tive aborrecimentos na hora de fazer pagamento devido ao desencontro de informações da recepção e outros relacionados aos feriados não oficiais, nos quais a academia fecha suas portas e nós, alunos, ficamos à deriva.

Para piorar, na quinta-feira passada, acordei às 5h20 para ir à aula de hidroginástica das 6h. O professor não apareceu e não havia ninguém para substituí-lo. Fui informada pela recepcionista de que estavam esperando o coordenador da equipe chegar para dar aula. Avisei que iria me aquecer na piscina enquanto resolviam o problema. Vinte minutos passados e com o sumiço da recepcionista, já indignada, desci para tomar banho. Pasmem! A recepcionista estava arrumando o cabelo no banheiro, com direito a secador e tudo mais. O descaso só serviu para aumentar a raiva ao lembrar que acordei cedo para ir a uma academia considerada top para não ter aula. Aliás, só no último mês, é a segunda falta de professor de hidroginástica.

Expurguei minha raiva e documentei o fato, solicitando providências quanto aos constantes atrasos e ausências de professores.

Agora é aguardar e esperar que a direção atual se manifeste…

Ah! A nova direção informou que a partir de junho a academia funcionará nos feriados, pela parte da manhã. Espero que isso ocorra, pois ainda estou na Norte Fitness pela proximidade de minha residência. Nem sempre conveniência é sinônimo de qualidade na prestação de um serviço ou no atendimento! Por enquanto, ainda me faço refém dessa situação, mas, até quando?

Juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e contra o Buffet Clave de Sol!

Posted in Direitos do consumidor, Serviços on maio 7, 2010 by Consumidor crítico

Colaboração do jornalista Rafael Cortezão (https://twitter.com/faelcortezao)

Rafael Cortezão e Laís Sant’Ana se casaram em 9 de maio do ano passado. Como quaisquer outros noivos, o casal se empenhou em uma pesquisa de preços e serviços de buffet e, ao final, optou por contratar o Clave de Sol, cuja razão social é BH Eventos, de propriedade do Sr. Herivelto de Queiroz Moreira. O serviço, no valor aproximado de R$ 8,5 mil, foi pago à vista, conforme comprovantes e contrato em posse do casal. Senta que lá vem história! Dois meses após o casamento, ambos foram surpreendidos pelo recebimento de notificações de diferentes cartórios de protesto de letras, cada um cobrando em torno de R$ 1 mil, supostamente, pelo não pagamento dos serviços do referido Buffet. Rafael telefonou para a empresa e  uma funcionária lhe disse que havia ocorrido um engano no envio das informações ao banco e respectivos cartórios para protesto. Convencido pela funcionária de que o problema seria resolvido em uma semana, ele aguardou.  Esgotado o prazo, ele ligou para o cartório e a dívida ainda constava nos registros de cobrança, gerando, caso não fosse quitada até o vencimento, a inclusão do nome de Laís no Serasa. Preocupado, ele exigiu da um documento formal no qual o proprietário assumisse o erro pelo envio de informações referentes ao contrato deles para cobrança jurídica e pediu a solução do impasse. O tempo passa, o tempo voa e, assim, depois de muita dor de cabeça, cobranças telefônicas, faltas ao trabalho para tentar sanar o problema, o prazo para o pagamento do valor referente à cobrança indevida venceu e o nome de Laís foi registrado no Serasa. Agravante: ela é bancária e não pode, em hipótese alguma, ter débitos lançados nos serviços de proteção ao crédito ou afins. Novos contatos telefônicos com a empresa, novas promessas de solução e nada!  O casal contratou um advogado que entrou com ação por danos morais com pedido de liminar no juizado especial de pequenas causas. Uma funcionária do Clave de Sol telefonou para Rafael, pedindo desculpas, compaixão e desistência da ação por danos morais, pois, o erro tinha sido dela e, caso a empresa fosse penalizada, ela (funcionária) arcaria com as despesas do processo, pagamento de multas etc. Bazzinga! Rafael, claro, ignorou a chantagem emocional e soltou a voz, abriu o verbo, disse poucas e boas, lavou a alma! Adoro!

O nome de Laís foi excluído dos registros do Serasa, conforme liminar deferida pelo juiz e, na audiência de conciliação, a empresa propôs acordo mediante o pagamento de R$ 3 mil, além de um jantar para 60 pessoas. Um jantar, depois de todos os problemas causados pela empresa? Rafael e Laís consideraram uma afronta, portanto, nada de acordo, o caso foi julgado! Assim, no dia 15 de março, diante da juíza, novamente a funcionária recorreu à chantagem emocional, disse que nada semelhante já havia acontecido. Mentira, pois, de acordo com Rafael: ”No site do Tribunal de Justiça do Amazonas existem 14 processos cadastrados contra o dono da empresa. Pelo menos três com o mesmo assunto e outros por práticas ilegais diversas, como não pagamento de fornecedores e até receptação de objetos roubados”. Um exemplo de responsabilidade empresarial, né?

Resultado: os pombinhos ganharam a causa por danos morais provocados pelo erro não corrigido em tempo hábil e a empresa foi condenada a pagar indenização de R$ 6 mil, com correção de juros e multa por atraso de 10% ao dia. Até hoje o valor ainda não foi depositado em juízo e o casal já está providenciando um pedido de execução judicial.

Moral da história: Rafael e Laís reafirmam a certeza de que como consumidores não podemos aturar abusos passivamente, mas, ao contrário, mostrar que somos conscientes de nossos direitos e, principalmente, lutar para que sejam respeitados!

NET? Nem sinal!

Posted in Atendimento/Relacionamento, Serviços on maio 2, 2010 by Consumidor crítico

Terça-feira, misteriosamente, o sinal da NET sumiu. Liguei para a empresa e após esperar mais de 30 segundos para sair do menu eletrônico, falei com uma atendente que me ouviu e culpou o roteador pela falta de sinal. Aliás, eles costumam dar essa desculpa quando falta sinal. Fiz os procedimentos e o sinal não voltou. Ela mesma agendou uma visita do técnico somente para 2 dias depois. Na quinta, recebi o técnico que informou que o problema era na rede e que até meio-dia iriam resolver a situação. Chegou o fim da tarde e nada do sinal, problema, aliás,  que já se arrastava há 3 dias! Com a paciência quase por um fio, fiz uma nova ligação e, ao falar com um terceiro atendente, ele afirmou que não conseguia identificar o que ocorria, mas que mandaria um técnico 2 dias depois. Quer dizer que eu ficaria mais 2 dias sem internet, o que totalizaria 5 dias? Eles me dariam um desconto pelos dias em que o serviço permaneceu indisponível? Após discussões e ameaças de acionar Procon, o atendente cedeu e disse que mandaria o técnico no dia seguinte, pela manhã. No dia seguinte, nada de técnico, nada de sinal, mas, dá para acreditar (?), eles enviaram um e-mail informando que o técnico viria no fim da tarde. E como eu leria o e-mail se o serviço estava indisponível? Um sinal de fumaça surtiria mais efeito, né? Por sorte, minha irmã acessou nossa conta no trabalho e viu a mensagem! Assim, no meio da greve dos rodoviários, eis que surgiu um técnico e finalmente devolveu o sinal a quem paga muito caro por um serviço que deixa a desejar!

A solução para isso tudo? Buscar alternativas para ter acesso à internet, definitivamente, sem a NET!

Déjà vu ou pegadinha de 1°. de abril?

Posted in Alimentação, Atendimento/Relacionamento, Serviços on abril 25, 2010 by Consumidor crítico

Na noite do dia da mentira, acompanhando minha timeline no Twitter, li o comentário da Judy Tavares sobre o clima propício e convidativo a uma sopa da Hamburguella: foi o suficiente para dar vontade e água na boca! As sopas e os demais produtos da Hamburguella são deliciosos e de boa qualidade! E isto eu posso afirmar com conhecimento de causa, afinal, durante o tempo em que morei em Petrópolis, 3 anos para ser precisa, era uma cliente assídua. Depois que voltei para meu apartamento na zona Leste, lembro de ter tentado fazer um pedido uma vez e, diante da resposta de que eles não faziam entregas na área, deixei pra lá. Naquela noite, porém, não resisti, liguei, fiz o pedido e ouvi a negativa já esperada, mas não aceitei, insisti! Confesso que não foi uma “negociação” simples. Disse à atendente que consultasse o histórico dos meus pedidos e verificasse que eu sempre fui uma cliente rentável! Ela disse que falaria com a gerente, fiquei aguardando ao telefone. Minutos intermináveis depois, ela retornou e disse que, mediante o pagamento de uma taxa de entrega diferenciada, eles levariam minha sopa à zona Leste. Não lembro o valor da taxa, mas aceitei e, no tempo estabelecido, meu caldo verde chegou: cheiroso, delicioso e fumegante como só a Hamburguella é capaz de fazer e entregar!  

Mas, como alegria de pobre dura pouco e de pobre que mora na zona Leste dura menos ainda, duas semanas depois, outra noite chuvosa, bateu a vontade de tomar sopa. Fiz o pedido e lá veio a resposta que eu esperava nunca mais ouvir: “não entregamos nesta área, senhora”. Fiquei atônita: como assim, eu pedi há alguns dias e vocês entregaram, hoje não entregam mais? “É política da empresa, senhora”, foi a resposta. Política da empresa é o tipo de resposta que não esclarece “lhufas”, né? Pronto, eu pensei, fui vítima de uma pegadinha do dia da mentira! Inconformada, parti para a “negociação” e tudo aconteceu exatamente como na vez anterior, era um déjà vu? A atendente me deixou ao telefone enquanto falava com a gerente. Desta vez o tempo de espera pareceu mais interminável que na vez anterior e, agora, a taxa de entrega diferenciada custaria R$10,00. Ok, eu pago, mas observe, registre e diga aí para a chefe, gerente, proprietária, seja lá o que for, que eu vou ligar outras vezes e nunca, nunca mais, quero passar pelo constrangimento de ter que implorar por um serviço pelo qual estou pagando, inclusive, com taxa de entrega diferenciada, eu fui clara? Ela disse que sim. Poupando a mim mesma de um possível estresse, ainda não tomei coragem de fazer um novo pedido. E aí, Hamburguella, rola entrega para a zona Leste ou ainda estamos excluídos da rota de delivery de vocês?       

Tamanho não é documento

Posted in Atendimento/Relacionamento, Serviços on abril 10, 2010 by Consumidor crítico

Almoçar na cantina do ICHL tem sido cada vez mais difícil, por conta da qualidade dos pratos servidos.  Por isto, ontem, convenci uma amiga a pedirmos um yakisoba de camarão. De cara, ela ligou para a China in Box e consultou o preço do prato: R$45,00. A taxa de entrega ainda não tinha sido informada. Caro, né? Foi aí que tive a idéia de pedir do Shangai, um restaurante de pequeno porte, quase desconhecido, que fica na estrada do Aleixo, perto da Sefaz. Sou cliente deles desde que morava em Petrópolis e eles continuam me atendendo na zona Leste, com a mesma agilidade e cortesia! Os pratos têm preços bastante acessíveis, são bem servidos e têm gosto de comida caseira! O yakisoba de camarão (camarões graúdos!) para duas pessoas sai por R$ 28,00. Compare com o mesmo produto dos concorrentes: mais caro, camarões microscópicos e gosto de produto industrializado, ou, como diz a Aline, “gosto de petróleo”! O atendimento telefônico do Shangai é ”coisa de primeiro mundo”! Lá, não sou identificada por um número de telefone cadastrado, a atendente me chama pelo meu nome, sabe meu endereço e conhece meus hábitos de consumo. Como peço com frequência, sou premiada com alguns “mimos”, tipo rolinhos primavera ou harumaki. Ontem, por exemplo, ganhamos dois. E por falar em ganhar, o Shangai ganhou mais dois clientes: a Maurília e o Clayton, que adoraram a comida!

O que diferencia o Shangai da concorrência? Há, aí, uma simples equação que adiciona produto e preço multiplicados pelo atendimento! Aí está o diferencial! E o exemplo, que deveria ser dado pelos grandes concorrentes, vem de um restaurante pequeno e quase desconhecido! Caso você queira experimentar, taí o número do telefone: 3663-0888.

Atendimentos marcam e transformam o cliente!

Posted in Atendimento/Relacionamento, Serviços on abril 7, 2010 by Consumidor crítico

Depois do episódio no Aleana’s coiffeur, saí, sábado passado, pelo entorno do meu condomínio em busca de outro salão de beleza. Felicidade: salões de beleza pipocam por lá! Bom para mim, ruim para os proprietários, pois, caso eu não goste do serviço/atendimento, tenho amplas possibilidades de escolha. Fato este que deveria ser  encardo como desafio/oportunidade de mostrar qualidade e oferecer diferencial competitivo no serviço/atendimento, conquistando um cliente no primeiro encontro e garantindo seu retorno várias outras vezes e, quem sabe, até para sempre. Infelizmente, o modus operandi dos prestadores de serviço com os quais tenho tido contato parece não ser este.

No Lindona, o salão da vez, a manicure cuidava das minhas mãos quando a cabeleireira me chamou para lavar o cabelo. Fui, voltei e descobri que minha manicure havia me largado para ajudar a outra manicure no atendimento a uma cliente que parecia estar gostando de ser o centro das atenções. Fiquei me perguntando se o dinheiro da cliente monopolizadora era diferente do meu! Olhei para a proprietária e disse que aquilo era um absurdo! Ela respondeu que já havia chamado a atenção da manicure. Minutos depois, a manicure retornou e eu disse a ela que sua atitude demonstrava falta de respeito! Ela, com a cara emburrada, não disse absolutamente nada, sequer um pedido de desculpas! Fui tomada pelo medo dos famosos “bifes”, cortes acidentais feitos com o alicate de cutícula! Mas, para o bem dela, fora o fato de eu ter sido preterida por outra cliente, saí de lá sã e salva, sem nenhum machucado! Na saída, a proprietária me pediu desculpas, disse que a moça é uma excelente manicure e que nunca tinha agido assim.

Sinceramente, não personifico o tipo “cliente difícil”, também chamado de cliente desagradável e prepotente (CDP), contudo, diante das irritantes experiências de consumo que venho vivenciando, sinto que o tipo está prestes a aflorar em mim! Ok, vamos lá, o que é um CDP? Dave Anderson (2010), na obra “Como lidar com clientes difíceis” (por que livros sobre atendimento têm jeito de auto-ajuda?), esclarece que este tipo de cliente, na maioria dos casos, é fruto de experiências de consumo marcadas por um péssimo atendimento, que pode incluir: indiferença do vendedor/atendente; despreparo; negligência; desmotivação; falta de informação etc. Condicionados a um mau tratamento, os CDPs sempre esperam o pior e se “armam” inconscientemente contra atendentes e vendedores, atacando-os antes de serem atacados. Portanto, sinto que estou sendo treinada, por alguns experts do péssimo atendimento, principalmente do ramo de salão de beleza, para me tornar um CDP!

Quem “paga o pato” é o consumidor?

Posted in Atendimento/Relacionamento, Orientação ao consumidor, Serviços on abril 1, 2010 by Consumidor crítico

Aleana’s coiffeur, um salão de beleza que fica nas proximidades do meu condomínio, por trás de um posto de gasolina, é o estabelecimento protagonista do post de hoje. Já havia ido lá uma vez e tudo correu bem, mas, como não há bem que dure para sempre, dia desses, na volta da Ufam, depois de um cansativo dia de trabalho, passando por lá, resolvi entrar e tentar fazer manicure e pedicure. Isto mesmo, tentar é a palavra. Além da vontade de cuidar das unhas, do cansaço e do estresse, eu tinha R$10,00 na carteira, mais o cartão de débito. Entrei no salão, cumprimentei a proprietária, duas manicures e me sentei. Confirmei o preço do serviço: R$15,00. Ok, então pagaria com o cartão de débito. Foi aí que a dona do salão disse que havia um valor mínimo para pagamentos feitos dessa forma: R$30,00. E disse me olhando como se eu fosse lixo! Sinceramente, eu me senti constrangida, como se estivesse implorando por um favor e não solicitando um serviço pelo qual pagaria! Acrescente-se a isso o fato de que impor um valor mínimo para pagamento com cartão é forçar a barra, na tentativa de empurrar serviços que não estavam nos planos do cliente que acaba optando por completar o tal valor mínimo. Comigo não colou! Disse a ela que não faria o serviço e dei o fora, simplesmente e para sempre

Os lojistas e prestadores de serviços que agem dessa forma usam como justificativa a taxa cobrada pelas administradoras de cartão de crédito/débito, por conta do aluguel das máquinas usadas no procedimento. Ora, se o estabelecimento oferece esta forma de pagamento, ele que assuma as responsabilidades daí decorrentes. Caso contrário, quem “paga o pato” é o consumidor!

Impor ao consumidor um valor mínimo para pagamento com cartão de crédito/débito se caracteriza como prática abusiva, de acordo com os órgãos de defesa do consumidor. Tal prática, se denunciada ao PROCON e após averiguação e comprovação, é passível de multa, que pode variar entre R$ 212,00 a R$ 3 milhões. Portanto, fica a dica: não se sujeite à imposição de um valor mínimo para pagamento com cartão, recuse o serviço ou produto, denuncie e cobre seus direitos!