Atendimentos marcam e transformam o cliente!

Depois do episódio no Aleana’s coiffeur, saí, sábado passado, pelo entorno do meu condomínio em busca de outro salão de beleza. Felicidade: salões de beleza pipocam por lá! Bom para mim, ruim para os proprietários, pois, caso eu não goste do serviço/atendimento, tenho amplas possibilidades de escolha. Fato este que deveria ser  encardo como desafio/oportunidade de mostrar qualidade e oferecer diferencial competitivo no serviço/atendimento, conquistando um cliente no primeiro encontro e garantindo seu retorno várias outras vezes e, quem sabe, até para sempre. Infelizmente, o modus operandi dos prestadores de serviço com os quais tenho tido contato parece não ser este.

No Lindona, o salão da vez, a manicure cuidava das minhas mãos quando a cabeleireira me chamou para lavar o cabelo. Fui, voltei e descobri que minha manicure havia me largado para ajudar a outra manicure no atendimento a uma cliente que parecia estar gostando de ser o centro das atenções. Fiquei me perguntando se o dinheiro da cliente monopolizadora era diferente do meu! Olhei para a proprietária e disse que aquilo era um absurdo! Ela respondeu que já havia chamado a atenção da manicure. Minutos depois, a manicure retornou e eu disse a ela que sua atitude demonstrava falta de respeito! Ela, com a cara emburrada, não disse absolutamente nada, sequer um pedido de desculpas! Fui tomada pelo medo dos famosos “bifes”, cortes acidentais feitos com o alicate de cutícula! Mas, para o bem dela, fora o fato de eu ter sido preterida por outra cliente, saí de lá sã e salva, sem nenhum machucado! Na saída, a proprietária me pediu desculpas, disse que a moça é uma excelente manicure e que nunca tinha agido assim.

Sinceramente, não personifico o tipo “cliente difícil”, também chamado de cliente desagradável e prepotente (CDP), contudo, diante das irritantes experiências de consumo que venho vivenciando, sinto que o tipo está prestes a aflorar em mim! Ok, vamos lá, o que é um CDP? Dave Anderson (2010), na obra “Como lidar com clientes difíceis” (por que livros sobre atendimento têm jeito de auto-ajuda?), esclarece que este tipo de cliente, na maioria dos casos, é fruto de experiências de consumo marcadas por um péssimo atendimento, que pode incluir: indiferença do vendedor/atendente; despreparo; negligência; desmotivação; falta de informação etc. Condicionados a um mau tratamento, os CDPs sempre esperam o pior e se “armam” inconscientemente contra atendentes e vendedores, atacando-os antes de serem atacados. Portanto, sinto que estou sendo treinada, por alguns experts do péssimo atendimento, principalmente do ramo de salão de beleza, para me tornar um CDP!

Uma resposta to “Atendimentos marcam e transformam o cliente!”

  1. tania viana Says:

    As vezes é preciso se tornar um cliente difícil para poder ser atendido

Deixe um comentário